O Senegal quer reforçar as relações empresariais com Angola e a Ministra dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior considera que a Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE ) deve funcionar como instrumento fundamental no quadro das relações bilaterais.
Aissata Tall Sall foi recebida pelo Presidente do Conselho de Administração da ZEE, E.P., António Henriques da Silva, nas instalações da ZEE, na sexta-feira, 21 de Janeiro de 2022, no âmbito da sua visita oficial à República de Angola, e dedicou especial atenção ao Guiché de Apoio ao Investidor (GAI) e à unidade fabril Kaheel Agriculture, que produz tractores.
Nesta ocasião a Ministra Aissata Tall Sall, esteve acompanhada por altas individualidades como a Secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça; o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República do Senegal em Angola e na República Democrática do Congo, Papa Talam Diao; o Cônsul Honorário do Senegal em Angola, Georges Choucau; o Embaixador João Pinto; o Cônsul Honorário de Angola no Senegal, Amadou Diagne; o Administrador Municipal de Viana, Manuel Marcos de Almeida Pimentel; e o Presidente do Conselho de Administração da ZEE, E.P., António Henriques da Silva e restantes Administradores, e pôde constatar as condições de excelência das infra-estruturas bem como o enorme potencial da ZEE, E.P. no que concerne à captação de investimentos estrangeiros e geração de empregos.
Sublinhando o alinhamento da actividade da ZEE com a estratégia e rumo definidos pelo executivo liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, o PCA da ZEE, E.P. António Henriques da Silva destacou “…os benefícios que podem resultar de um intercâmbio mais profundo entre empresários angolanos e senegaleses, sobretudo no que diz respeito à implementação de projectos de investimento, com vantagens diferenciadas quando enquadradas no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana”.
Henriques da Silva frisou ainda o apoio da AIPEX e a integração da ZEE, E.P. na Associação das Zonas Económicas e Francas de África (AEZO) onde tem lugar no Conselho Executivo Estratégico. “O objectivo é participar, em conjunto com congéneres de outros países desta região, na construção de uma plataforma comercial que incentiva a industrialização do continente e redesenha o formato dos destinos de exportação, privilegiando o mercado africano”, adiantou. Este é, também, o princípio que levou a ZEE, E.P. a aderir à Organização Mundial das Zonas Francas que “permite aceder a um conjunto de serviços e contactos, que bem alinhados, proporcionarão a todos os intervenientes verdadeiras vantagens competitivas no mercado global”, concluiu o PCA da ZEE, E.P.
Por sua vez, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Senegal destacou o facto das Zonas Económicas permitirem a diversificação das economias e aumentarem os empregos para jovens. “A criação de zonas económicas no Senegal remonta aos anos 80 com a implementação de zonas francas” referiu Aissata Tall Sall, “e são essas instituições que têm vindo a desenvolver-se para instituirmos verdadeiras zonas económicas”, referiu.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Esterior espera, por isso, que esta visita contribua decisivamente para uma estreita cooperação entre as zonas económicas de Angola e do Senegal com benefícios mútuos para as populações do que classificou como “dois países irmãos”!