Luanda – No âmbito da sua missão de supervisionar e incentivar o investimento privado na ZEE, responsáveis da Sociedade de Desenvolvimento da Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE EP), coordenada pelo Administrador Executivo, Amorbelo Sitongua, realizaram esta sexta-feira (31.07.2020) uma visita de trabalho à unidade industrial Embalvidro, dedicada à produção de embalagens de vidro, portanto, garrafas e frascos, para a indústria de bebidas e para a indústria alimentar.
De acordo com o seu director financeiro e membro da Comissão Executiva, Ricardo Dias, a Embalvidro “tem um investimento que foi feito desde 2016, tendo terminado agora em Dezembro 2019, de cerca de 100 milhões de dólares, dos quais cerca de 85 milhões de dólares foram em equipamentos e na construção da infraestrutura situada aqui na Zona Económica Especial”, afirmou.
Com uma capacidade de produção instalada de 51 mil toneladas de vidro por mês, a empresa emprega neste momento cerca de cento e cinquenta (150) trabalhadores, dos quais 10% são trabalhadores estrangeiros, desde o inicio da sua produção, em Dezembro 2019.
Para produção, a unidade utiliza cerca de 84% matéria-prima nacional, sendo o restante importado. A sua principal matéria-prima é a areia extraída dentro do perímetro da ZEE.
Internacionalização
A empresa tem como principais mercados-alvos, além de Angola, a Namibia, a RDC e a África do Sul. Segundo Ricardo Dias, “o mercado nacional possui fornecimento em excesso de garrafas de vidro. Por isso, apostamos na exportação. Estamos prestes a enviar o primeiro lote para a Namibia Breweries”, afirmou.
Importa realçar que além da Embalvidro, Angola conta também com a indústria Vidrul, com uma capacidade de produção relativamente inferior. Ambas as unidades produzem o suficiente para abastecer o mercado nacional, abrindo-se aqui uma porta para exportação dos excedentes. Esta observação foi feita por Ricardo Dias, director Financeiro da Embalvidro.
Para o Administrador da ZEE EP, Amorbelo Sitongua, “o projecto representa o exemplo do potencial real daquilo que é possivel fazer na Zona Económica Especial. Uma indústria estratégica no programa de diversificação e que merece todo nosso apoio”, referiu.
Fizeram parte da visita, além de distintos membros do Conselho de Administração, directores e responsáveis de diferentes departamentos da Administração da ZEE.