Angola ganha fábrica de metalomecânica e galvanização

A Anglobal inaugurou no dia 15 de julho, na ZEE, uma unidade industrial de metalomecânica e galvanização de metais, num investimento global de 14,5 milhões de USD, 50% garantidos com capital próprio e 50% financiados pela banca comercial, neste caso específico o Banco BIC. Esta é actualmente, a única unidade industrial em Angola de galvanização à quente em Angola .

O corte da fita foi feito pelo Engº. José Luís Patrão, da Direcção Nacional da Indústria, em representação do Ministro da Indústria, Engº. Victor Fernandes e pelo PCA da Angobal, Dr. Roberto Lima. Em representação do PCA da ZEE, Engº. António Henriques da Silva, a Administradora Executiva, Engª. Carla Silvestre, presenciou o acto, acompanhado pelo Director Comercial, Dr. Reinaldo Ramos.

Segundo Victor Lima, PCA do Grupo, a “autonomia na produção vai permitir-nos aumentar a capacidade de resposta na construção de torres de telecomunicações e transporte de energia de alta, média e baixa tensão”.

A Galvostahl tem uma capacidade máxima de produção de 900 toneladas, sendo a produção actual de 300 toneladas em função da demanda do mercado. Nesta fase inicial vai empregar 116 colaboradores, em grande parte dos funcionários que transitaram da gestão anterior. Segundo o seu PCA “um dos compromissos que nós estabelecemos com o estado foi absorver as pessoas que já trabalhavam aqui nesta fábrica. No total a fábrica tinha 161 funcionários com um turno, mas a mesma está preparada para fazer três turnos. Nesta fase inicial vamos começar com um turno e em função a demanda do mercado, tanto a capacidade de produção quanto o número de funcionários pode crescer”.

Para além das telecomunicações e da energia, a empresa tem também o ramo da contrução civil como principal cliente. Algumas empresas que operam em Angola enviavam o seu aço para outros países para ser galvanizado, com o arranque da Galvostahl na ZEE Luanda-Bengo, este processo já pode ser feito no nosso País.

A Anglobal detém actualmente na ZEE Luanda-Bengo, duas unidades industriais, a Galvostahl inaugurada hoje e a Mangotal, duas fábricas em que uma complementa a outra. Todo o trabalho de metalomecânica precisa de um tratamento de ferro para dar durabilidade ao produto acabado que sai da metalomecânica. A Anglobal apostou nas duas, no âmbito PROPRIV, Programa de Privatizações Integral e Parcial de Empresas Públicas.

A matéria prima da parte da galvanização é toda importada, propiamente o zinco, o chumbo e ácidos que permitem a galvanização à quente. O material da metalomecânica, o ferro e outros tipos de aços, estes a empresa encontra em Angola, propriamente na província do Cuando-Cubango.

Na ocasião, além dos representantes da ZEE E.P, estiveram presentes, representantes de empresas de telecomunicações com a Unitel, do ramo da banca: o BIC, o Banco Tota e o Banco Atlântico; funcionários e membros do Conselho de Administração da Anglobal.

A galvanização é um dos processos mais eficientes contra a corrosão e contribui para minimizar os custos elevados que esta acarreta. É uma forma de revestir uma peça de ferro ou aço com zinco, um metal mais nobre que evita a corrosão, prolongando o tempo de vida útil das peças.

A Anglobal é uma empresa de referência em Angola que apresenta soluções de engenharia com foco nas industrias de telecomunicações e energia. É especializada na construção e instalação de sites de telecomunicações, na instalação e comissionamento dos equipamentos da rede, sistemas de energia, instalação de fibra óptica e na operação e manutenção de redes e infraestruturas.
Desde que foi fundada em 2003, a Anglobal tem tido um crescimento sólido em Angola, mas também noutras geografias, nomeadamente em Cabo Verde e Portugal. Em 2021 amplia o seu raio de acção com um pequeno passo que pode ser o salto gigantesco para a indústria em Angola.